segunda-feira, 20 de março de 2023

 JON JUARISTI


AQUA MUNDA

Hoy, cuando te destruye
El mismo ruiseñor de piedra y humo
Que consumió su gracia irrepetible,
Te perguntas si, acaso,
De haberlo pretendido,
Habrías conseguido
Robársela unos años a la muerte.

Estúpida cuestión. Olvida y vive en paz
Lo poco que te queda,
Pues no eres ya aquel necio veinteañero
Que amaba amar y, antes de las resacas,
Se creía, el cabrón, omnipotente.

Y agradece a la edad
Que te obligue a advertir el sinsentido
Del lamentable asunto
Que devastó tu juventud. Enfrente
Sólo tienes la noche y el vacío
Y el viento sobre lóbregas colinas. 


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AQUA MUNDA

Hoje, quando te destrói
O mesmo rouxinol de pedra e fumo
Que consumiu a sua graça irrepetível,
Perguntas-te se, por acaso,
De tê-lo pretendido
Terias conseguido
Roubar uns anos à morte.

Estúpida questão. Olvida e vive em paz 
O pouco que te resta.
Pois já não és aquele néscio de vinte anos
Que amva amar e, antes das ressacas,
Cria.se, o cabrão, omnipotente.

E agradece à idade
Que te obrigue a perceber o sem-sentido
Do lamentável assunto
Que devastou a tua juventude. Em frente
Só tens a noite e o vazio
E o vento sobre lôbregas colinas.

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