terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

 GIOVANNI PASCOLI


IL BOVE

Al rio sottile, di tra vaghe brume,
guarda il bove, coi grandi occhi: nel pianno
che fugge, a un mare sempre più lontano
migrano l'acque d'un cerulo fiume;

ingigantisce agli occhi suoi, nel lume
pulverulento, il salice e l'ontano;
svaria sur l'erbe un gregge a mano a mano,
e par la mandra dell'antico nume:

ampie alli aprono imagini grifagne
nell'aria; vanno tagite chimere,
simili a nubi, per il ciel profondo;

il sole immenso, dietro le montagne
cala, altissime: crescono già, nere,
l'ombre più grandi d'un più grande mondo. 


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O BOI

No ribeiro estreito, detrás de vagas brumas,
o boi observa com grandes olhos: na planície
que se afasta, para um mar sempre mais longínquo
migram as águas de um cerúleo rio;

agigantados nos seus olhos, na luz
poeirenta, o salgueiro e o amieiro;
entretem.se na erva, um rebanho denso
parece a manada de um antigo númeno:

vastas aparecem imagens ferozes
no ar; vão quimeras silenciosas,
semelhantes a nuvens pelo céu profundo;

o sol imenso, por trás das montanhas,
desce, altíssimo: crescem já, negras
as sombras maiores de um maior mundo.


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