VÍCTOR BOTAS
LA CITA
Cierta tarde de la primavera de mil novecientos
Cierta tarde de la primavera de mil novecientos
setenta y seis,
en un lugar cualquiera de la ciudad de Portland
(Oregón)
una mujer y un hombre concertaron
una cita.
Al fin podrían, en silencio,
contemplar casi incrédulos,
los recíprocos ojos anhelantes.
Luego él,
maravillado, le propuso: Huyamos, todo
lo dejaré por ti. Mas, llena
de júbilo o de espanto (lo ignoramos),
la mujer se negó.
De aquella anédocta
surgiría una lluvia delicada,
íntima
de palabras,
de música, de fuegos
rituales,
lluvia
de cuyas consecuencias ya empezamos
a hacernos, más o menos, uma idea.
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O ENCONTRO
Certa tarde de primavera de mil novecentos
e setenta e seis
num lugar qualquer da cidade de Portland
(Oregon)
uma mulher e um homem combinaram
um encontro.
Por fim poderiam, em silêncio,
contemplar, quase incrédulos,
os recíprocos olhos anelantes.
Logo ele,
maravilhado lhe propôs: Fujamos, deixarei
tudo por ti. Mas, cheia
de júbilo ou de espanto (ignoramo-lo),
a mulher recusou.
Daquela história
surgiria uma chuva delicada,
intíma,
de palavras,
de música, de fogos
rituais.
Chuva
de cujas consequências já começamos
a ter, mais ou menos, uma ideia.
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