SZILÁRD BORBÉLY
(Fehérgyarmat - Hungria - 1963 -2014)
Estas versões foram feitas a partir de traduções inglesas, pelo que se omitem os originais.
ASSUNTOS FINAIS : MORTE
Não havia mais do que devia haver,
os resíduos habituais dos dias mais recentes
amontoados pela brisa nos cantos do pátio,
até que Fány, a mulher a dias, os varreu
e para o andar do rés-do-chão exclamou
"Bom dia!" e "Que há hoje para o almoço?"
O Sol brilhou. Pombas pousaram nos beirais
e cicatrizes no cimento foram observadas,
cada uma por si, eternamente. Era Primavera.
As portadas estavam dobradas, as persianas corridas.
A janela aberta apenas uma ranhura, o que era bizarro,
mas talvez nem assim tanto. . E depois todos
procuravam a causa do estranho cheiro. Fez-se
noite e depois manhã. O terceiro dia. Ninguém
pensou no casal de velhos no andar do rés-do-chão.
Os detectives estavam entediados. Nada já consegue
perturbá-los. Estavam bêbedos quando chegaram e
emborcaram ainda mais na loja de bebidas próxima. Os cadaveres
foram rapidamente sepultados, porque era Páscoa.. O caso
foi encerrado. E ninguém cantou o Dies Irae.
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