segunda-feira, 11 de abril de 2022

RUSSELL EDSON


THE CHILDHOOD OF AN EQUESTRIAN

     An equestrian fell from a horse.
     A nursemaid moving through the wood espied the equestrian
in his corrupted position and cried, what child has fallen from
his rockinghorse?

     Merely a new technique for dismounting, said the prone
equestrian.

     The child is wounded more by fear than hurt, said the
nursemaid.

     The child dismounts and is at rest. But being interfered with
grows irritable, cried the equestrian.

     The child that falls from his rockinghorse refusing to
remount fathers fathers the man with no woman taken in his arms, said the nursemaid, for women are as horses, and it is the rockinghorse that teaches the man the way of love.
 
     I am a man fallen from a horse in the privacy of a wood, save
for a strange nursemaid who espied my corruption, taking me for
a child, who fallen from a rockinghorse  lies down in fear of refusing
to father the man, who mounts the woman with the rhythm given in the day of his childhood on the imitation horse, when he was in the  imitation of the man who incubates in his childhood, said the equestrian.

     Let me help you to your  manhood, said the nursemaid.
 
     I am already, by the metaphor, the son of the child, if the child father the man, which is involuted nonsense. And take your hands off me, cried the equestrian.

     I lift up the child who is wounded more by fear than hurt, said the nursemaid.

     You lift a child which has rotted to his manhood, cried the equestrian.

     I lift up as I lift all that fall and are made children by their falling, said the nursemaid.

     Go away from me because you are annoying me, screamed the equestrian as he beat the fleeing white shape that seemed like a soft moon entrapped in the branches of the forest.


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A INFÂNCIA DE UM CAVALEIRO

     Um cavaleiro caiu do seu cavalo.
     Uma ama caminhando pelo bosque descobriu o cavaleiro na sua posição corrupta e exclamou, que criança caíu do seu cavalo de pau?

     Apenas uma nova técnica de desmontar, disse o cavaleiro prostrado.

     À criança o medo magoa mais que a dor, disse a ama.

     A criança desmonta e descansa. Mas se a interpelam irrita-se, exclamou o cavaleiro.

     A criança que cai do seu cavalo de pau e recusa voltar a montar gera o homem sem uma mulher para tomar nos braços, disse a ama, porque as mulheres são como os cavalos, e é o cavalo de pau que ensina ao homem o caminho do amor.

     Eu sou um homem caído de um cavalo na privacidade de um bosque, não fosse uma ama estranha que observou a minha corrupção, tomando-me por uma criança, que caída do seu cavalo de pau permanece deitada com medo de gerar o homem, que monta a mulhercom o ritmo adquirido nos seus dias de infância no cavalo de imitação, quando estava a imitar o homem que incuba na sua infância, disse o cavaleiro.

     Deixa-me ajudar-te a atingir a tua maturidade, disse a ama.

     Eu já sou, segundo a metáfora, o filho da criança, se a criança gera o homem, o que é um retorcido disparate. E tira-me as mãos de cima, exclamou o cavaleiro.

     Eu levanto a criança que o medo magoa mais que a dor, disse a ama.

     Tu levantas uma criança que apodreceu para chegar à maturidade, exclamou o cavaleiro.

     Eu levanto como levanto todos os que caem e se tornam crianças pela sua queda.

     Vai-te embora, pois que me incomodas, berrou o cavaleiro, enquanto batia na forma branca fugidia que parecia uma lua mole presa nos ramos da floresta.

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