CHARLES SIMIC
for Goody and Maida Smith
In the dusk of the evening
When the goats come,
Two pale ones nodding as they pass,
Unattended, taking their time
To graze by the curve,
Its sharpness indicated by a broken arrow,
In the last bit of daylight,
I saw a blonde little girl step
Out of nowhere, and bow to them, stiffly,
As one does at the conclusion of a school play,
And disappear, pinafore and all,
In the bushes, so that I sat
On my porch, dumbfounded...
The goat's intermittent tinkle
Growing fainter and fainter,
And then hushing, as if on cue,
For the whippoorwill to take over,
Briefly, in the giant maple.
Child! I thought of calling out,
Knowing myself a born doubter.
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VELHA ESTRADA DE MONTANHA
No dealbar da noite
Quando as cabras regressam,
Duas brancas que acenam ao passar,
Sem pastor, demorando-se
A pastar junto à curva,
Com uma seta partida a indicar que é apertada,
No último pedaço de luz do dia,
Vi uma rapariguinha loura aparecer
Do nada, e inclinar-se perante elas, rígida,
Como faria na conclusão de uma récita escolar
E desaparecer, com bibe e tudo,
Nos arbustos, e estarrecido
Sentei-me no alpendre...
O tinido intermitente das cabras
Tornava-se progressivamente longínquo
E depois calou-se, como se fosse uma deixa
Para o noitibó começar,
Brevemente, no bordo gigantesco.
Criança! pensei eu gritar
Sabendo ser um céptico congénito.
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