sexta-feira, 29 de abril de 2022

 GIOVANNI PASCOLI

I DUE FUCHI

Tu poeta, nel torbido universo
t'affisi, tu per noi le lo cogli e chiudi
in lucida parola e dolce verso;

sì ch'opera è di te ciò che l'uom sente
tra l'ombre vane, tra gli spettri nudi.
Or qual n'hai grazia tu presso la gente?

Due fuchi udii ronzare sotto un moro.
Fano questi api quel lor miele (il primo
diceva) e niente più: beate loro!
E l'altro: E poi fa afa: troppo timo!             


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OS DOIS ZÂNGÃOS

Tu, poeta, o turvo universo
prescutas, por nós o colhes e encerras
em lúcidas palavras e doce verso;

pois que a tua obra é sobre o que o homem sente
entre sombras vãs, entre espectros desnudos.
Qual é então a gratidão da gente?

Dois zângãos ouvi zunir debaixo de uma amoreira.
Fazem estas abelhas o seu mel (o primeiro
dizia ) e nada mais: que felizes!
E o outro: e estragam-no: demasiado tomilho!



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