segunda-feira, 7 de março de 2022

AUGUST KLEINZAHLER 


THE WIND IN MARCH

Tower of Texas is spurned for Defense:
 a drunkard and womanizer they say of him, 
a mean little man.

And a wild March wind cuts a trough 
through the grass, scattering
papers, making the old palmetto weave as tourists,

shoppers and the homeless pull up their collars,
bending into the wind, pausing an instant
as if to take measure of their gravity before moving on.

One after another the headline stories are played out for us,
character and event receding
into a gray, ghostly midden dreams bubble up from

years later, dreams 
from which we're awakened by the wind
spraying rain against glass, rattling

the windows in their frames - March,
you think to yourself, trying
to remember the oddly formal little man with a drink

staring at your old girlfriend Lu
with a terrifically stagy, silent-movie sort of leer.
You were about to speak up

when the shudder and knock of wood and glass
brought you awake;
and you lie there for what seems a long time

listening to the wind, forgetting
for a minute who it is with her back pressed
against the length of you,

breathing softly. 


              xxxxxxxxxxxxxxxx


O VENTO EM MARÇO

Torre do Texas é rejeitado para Defesa:
um bêbedo e um mulherengo, dizem dele,
um homenzinho ruim.

E um vento selvagem de Março escava um rego
através da erva, espalhando 
papéis, fazendo o velho palmito entrelaçar-se enquanto turistas,

clientes e os sem-abrigo levantam os colarinhos,
dobrando-se ao vento, parando um instante
como se para medir a própria gravidade antes de prosseguir.

Uma após a outra as histórias dos cabeçalhos são-nos apresentadas,
caracter e acontecimento recuando
para cinzentos sonhos de estrumeira a borbulhar desde

anos depois, sonhos
de que somos despertados pelo vento
aspergindo chuva contra os vidros, abanando

as janelas e as molduras - Março,
pensas para ti, tentando
recordar o estranho, formal homenzinho com uma bebida

fitando a tua antiga namorada Lu
com um olhar ensaiado, lúbrico, do género do cinema mudo.
Estava a ponto de falar,

quando o solavanco e choque de madeira e vidro
te acordaram;
e permaneces deitado por um tempo que parece imenso

escutando o vento, esquecendo
por um minuto quem é ela de costas que te pressionam
a todo o comprimento

a respirar suavemente. 


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