terça-feira, 4 de janeiro de 2022

JON JUARISTI



 PARA LA GUITARRA DE ÁNGEL GONZÁLEZ


                                                           Albuquerque, 1993

Oigan el corrido del caballo blanco
que partió al gaçope por tierra fragosa.
Iba con la mira de encontrar la rosa,
la secreta rosa vecina al barranco.

Al áspero mundo pidió paso franco.
Fatigó los años sin lograr gran cosa.
La carrera un dia se volvió penosa:
le sangraba el belfo, le estallaba el flanco.

Olvidó el aroma de la flor querida,
y supo que el mundo, se gane o se pierda,
es sólo una triste, desierta llanura

y que el arte hiela y corta la vida.
Pero cojeaba de la pata izquierda
y, a pesar de todo, siguió su aventura.


             xxxxxxxxxxxxxx


PARA A GUITARRA DE ÁNGEL GONZÁLEZ

                                                        Albuquerque, 1993

Ouçam o corrido do cavalo branco
que partiu a galope pela terra fragosa.
Ia com a mira de encontrar a rosa,
a secreta rosa vizinha do barranco.

Ao áspero mundo pediu passagem franca.
Fatigou os anos sem lograr grande coisa.
A corrida, um dia, tornou-se penosa.
Sangrava-lhe a beiça, estalava-lhe o flanco.

Olvidou o aroma da flor querida,
e soube que o mundo, ganhe-se ou perca-se,
é só uma triste, deserta planura

e que a arte gela e corta a vida.
Porém coxeava da pata esquerda
e, apesar de tudo, seguiu a sua aventura

Sem comentários:

Enviar um comentário

  FRANK O'HARA PISTACHIO TREE AT CHATEAU NOIR Beaucoup de musique classique et moderne Guillaume and not as one may imagine it sounds no...