sábado, 27 de fevereiro de 2021

LUIS ALBERTO DE CUENCA


SONETO DEL AMOR DE OSCURO

La otra noche, después de la movida,
en la mesa de siempre me encontraste
y, sin mediar palabra, me quitaste
no sé si la cartera o si la vida.

Recuerdo la emoción de tu venida
y, luego, nada más. ¡Dulce contraste,
recordar el amor que me dejaste
y olvidar el tamaño de la herida!

Muerto o vivo, si quieres más dinero,
date una vuelta por la lencería
y salpica tu piel de seda oscura.

Que voy a regalarme el mundo entero
si me asaltas de negro, vida mía,
y me invaden tu noche y tu locura.


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SONETO DO AMOR DE ESCURO

Na outra noite, depois da movida,
na mesa de sempre encontraste-me
e, sem interpor palavra, roubaste-me
não sei se a carteira ou se a vida.

Recordo a emoção da tua vinda
e, depois, nada mais. Que contraste
recordar o amor que me deixaste
e olvidar o tamanho da ferida!

Morto ou vivo, se queres mais dinheiro,
dá uma volta pela loja de lingerie
e salpica a tua pele de seda escura.

Pois vou oferecer-te o mundo inteiro
se me assaltas de negro, minha querida,
e me invadem a tua noite e a tua loucura.





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