sábado, 23 de janeiro de 2021

W. H. AUDEN


RIMBAUD

The night, the railway-arches, the bad sky,
His horrible companioms did not know it;
But in that child the rhetorician's lie
Burst like a pipe: the cold had made a poet.

Drinks bought him by his weak and lyric friend
His five wits systematically deranged,
To all accustomed nonsense put an end;
Till he from lyre and weakness was estranged.

Verse was a special illness of the ear;
Integrity was not enough; that seemed
The hell of childhood: he must try again.

Now, glloping through Africa, he dreamed
Of a new self, a son, an engineer,
His truth acceptable lo lying men.


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RIMBAUD

As noites, as pontes de comboio, a má estrela,
Os seus temíveis companheiros não as conheciam;
Mas nessa criança a mentira do retórico
Queimava como uma fornalha: o frio fizera um poeta.

As bebidas que o seu amigo tíbio e lírico lhe comprava,
perturbavam-lhe os cinco sentidos,
Terminando com todo o nonsense corriqueiro;
Até se alhear da lira e do pecado.

Os versos eram uma doença particular do ouvido;
A integridade não era suficiente; parecia
O inferno da infância: devia tentar de novo.

Agora, galopando pela África, sonhava
Um novo eu, um filho, um engenheiro,
Cuja verdade mentirosos aceitassem.

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