terça-feira, 22 de dezembro de 2020

 AURORA LUQUE


   HOMENAJE A CAVADÍAS

Duerme,
duérmete mar abajo, pecho adentro,
toma tu camiseta roja y descolorida,
toma tus glamorosas olas engalanadas,
diles que sabes algo del sexo de los barcos.

Duerme.
No iremos a Kalymnos,
no veremos volver el barco con esponjas.
Pero en la calle un hombre con un siglo
dio su nombre,
                         y los nombres
penetran como reyes
en la cabaña sórdida del tiempo.

Duerme.
Que la sirena díscola de tu tatuaje
no te abandone nunca cuando duermas.


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   HOMENAGEM A CAVADÍAS

Dorme,
adormece mar abaixo, peito adentro,
agarra a tua camisa vermelha e descolorida,
agarra as tuas glamorosas ondas engalanadas,
diz-lhes que sabes algo do sexo dos barcos.

Dorme.
Não iremos a Kalymnos,
não veremos voltar o barco com esponjas.
Mas na rua um homem com um século
deu o seu nome
                           e os nomes
penetram como reis
na cabana sórdida do tempo.

Dorme.
Que a sereia díscola da tua tatuagem
não te abandone nunca quando dormes. 



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