LUCIANO ERBA
AUTORITRATTO
Uomo vecchio in città
disperso su tronchi secondari di ferrovia
o com un piatto di lesso
davanti a tetti umidi di pioggia.
Tutti qui il tuo quie ora?
Interroghi l’alfabeto delle cose
ma al tuo non capire niente di ogni sera
sai la risposta di un mazzo di rose?
Rimani quello che andava per ciliege
e a mani vuote
strappava al tronco nastri di corteccia.
Resti un ladro di polli
con gli occhi oggi ancora spuvveduti
di quando in ritardo andavi a scuola
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AUTO-RETRATO
Homem velho na cidade
perdido em linhas secundárias de comboio
ou com um prato de cozido
diante de tectos húmidos de chuva.
Tudo aqui o teu que é agora?
Interrogas o alfabeto das coisas
mas ao teu nada entender de cada noite
sabes a resposta de um ramo de rosas?
Permaneces aquele que andava às cerejas
e de mãos vazias
arrancava do tronco tiras de casca.
Continuas um ladrão de galinhas
com os olhos ainda hoje desprevenidos
de quando ias atrasado para a escola
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