domingo, 29 de novembro de 2020

 FERNANDO ORTIZ


             INTERIOR

                                  (Joaquín Sáenz)

Quien sabe si aquella luz viene de fuera o de adentro
de los alzados visillios. Ni a qu´lado del espejo
surge esa mano de niebla que va dibujando un sueño
de relojes y almanaques, de puertas y verdinegros
salones acristalados que son del agua el reflejo.
Agua de un rio muy hondo que viene desde muy lejos
- Aquí las cosas nos miran con grandes ojos secretos -.

Con parsimonia el reloj suena en el patio en silencio.


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          INTERIOR

                               (Joaquín Sáez)

Quem sabe se aquela luz vem de fora ou de dentro
das cortinas subidas. Nem de que lado do espelho
surge essa mão de névoa que vai desenhando um sonho
de relógios, de almanaques, de portas e verde-negros
salões envidraçados que são da água o reflexo.
Água de um rio muito fundo que vem desde muito longe.
- Aqui as coisas observam-nos com grandes olhos secretos -.

Com parcimónia o relógio soa no pátio em silêncio.


                                   

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