quinta-feira, 12 de novembro de 2020

 LUCIANO ERBA


GLI ANNI QUARANTA 

Sembrava tutto possibile 
lasciarsi dietro le curve 
con un supremo golpe di freno 
galoppare in pie sulla sella 
altre superbe cose 
più nobili prospere cose 
apparivano all’altezza degli occhi. 
Ora gli anni volgono veloci 
per cieli senza presagi 
ti svegli di azzurre trapunte 
in una stanza di mobili a specchiera 
studi le coincidenze dei treni 
passi una soglia fiorita di salvia rossa 
leggi “Salve” sullo zerbino 
poi esci in maniche di camicia 
ad agitare l’insalata nel tovagliolo. 
La linea della vita 
deriva tace s’impunta 
scanalca sfila 
tra i pallidi monti degli dei.


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OS ANOS QUARENTA 

Parecia tudo possível 
deixar atrás as curvas 
com um supremo golpe de travão 
galopar de pé sobre a sela 
outras coisas soberbas 
coisas mais nobres prósperas 
apareciam à altura dos olhos. 
Agora os anos passam velozes 
por céus sem presságios 
acordas em colchas azuis 
num quarto de móveis espelhados 
estudas as ligações dos comboios 
passas uma ombreira florida de salva vermelha 
lês “Bem-Vindo” no capacho 
depois sais em mangas de camisa 
para agitar a salada no guardanapo. 
A linha da vida 
desvia cala obstina-se 
salta desfila 
entre os pálidos montes dos deuses. 

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