W. H. AUDEN
DETECTIVE STORY
Who is ever quite without is landscape,
The struggling village street, the house in trees,
All near the church? Or else, the gloomy town-house,
The one with the Corinthian pillars, or
The tiny workmanlike flat, in ahy case
A home, a centre where the thrre or four things
That happen to a man do happen?
Who cannot draw the map of his life, shade in
The country station where he meets hia love
And says good-bye continuaslly, mark the spot
Where the body of his happiness was first discovered?
An unknown tramp? A magnate? An enigma always,
With a well-buried past: and when the truth,
The truth about our happiness comes out.
How much it owed to blackmail and philandering.
What follows is habitual. All goes to plan:
The feud between the local common sense
And intuition, that exasperating amateur
Who's always on the spot by chance before us;
All goes to plan, both lying and confession,
Down to the thrilling final chase, the kill.
Yet, in the last page, a lingering doubt:
The veredict, was it just? The judge's nerves,
That clue, the protestation from th gallows,
And our own smile... why, yes...
But time is always guilty. Someone must pay for
Our loss of happiness, our happiness itself.
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HISTÓRIA POLICIAL
Quem consegue, por inteiro, renunciar à sua paisagem,
À esconsa rua da aldeia, à casa nas árvores,
Pertinho da igreja? Ou então, à sombria casa citadina,
Essa com colunas coríntias, ou
Ao minúsculo apartamento operário, em qualquer caso
Uma casa, um centro onde as três ou quatro coisas
Que acontecem, nos acontecem?
Quem não consegue traçar o mapa da sua vida, sombrio
Na estação rural onde encontra os seus amores
E se despede continuamente, assinalar o ponto
Onde o primeiro corpo de felicidade foi descoberto?
Um mendigo desconhecido? Um magnata? Um enigma sempre,
Com um passado bem enterrado: e quando a verdade,
A verdade acerca da nossa felicidade é descoberta,
Quanto é devedora de chantagens e galanteios.
A sequência é banal. Tudo corre segundo o plano:
A disputa entre o senso comum local
E a intuição, esse amador exasperante
Que tem sempre a sorte de chegar ao sítio antes de nós;
Tudo corre segundo o plano, a mentira e a confissão,
Até à excitante perseguição final, o assassínio.
Contudo, na última página, uma dúvida perturbante:
O veredicto foi justo? Os nervos do juiz,
Essa pista, esse protesto desde o patíbulo,
E o nosso próprio sorriso... porque, sim...
Mas o tempo é sempre culpado. Alguém deve pagar pela
Nossa perda de felicidade, até pela nossa felicidade.
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