sábado, 21 de novembro de 2020

 LUIS ALBERTO DE CUENCA


          LA HUIDA AL EGIPTO

Le pagaba para que me matase,
y se ha largado al Sur. Todas se marchan.
Aceptan cheques, flores y mentiras.
Se comprometen a matarme. Dicen:
"no verás el otoño. Te lo juro."
Y se van antes de la primavera.
También esta se ha ido. Con un mapa
de Egipto y con las llaves de mi coche.
Qiuera Dios que los vientos no conduzcan
su nave a puerto. Que una lluvia roja
le queme el corazón, si es que lo tiene.
Que nunca llegue a Egipto esa maldita.


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     A FUGA PARA O EGIPTO

Pagava-lhe para que me matasse
e desandou para o Sul. Todas partem.
Aceitam cheques, flores e mentiras.
Comprometem-se a matar-me. Dizem:
"Não verás o outono. Juro-te."
E vão-se antes da primavera.
Também esta se foi. Com um mapa
do Egipto e com as chaves do meu carro.
Deus queira que os ventos não conduzam
a sua nave a porto. Que uma chuva vermelha 
lhe queime o coração, se é que o tem.
Que nunca chegue ao Egipto, essa maldita. 

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