quinta-feira, 3 de setembro de 2020

 JON JUARISTI


  L'ART POÉTIQUE BASQUE

Cruzan el cielo de Aquitania tristes
chorlitos otoñales. Viento frío
bate el vitral y la campana anuncia
la oración de la tarde. El caballero

Arnaldo de Oyenarte, funcionario
de la Corona y Síndico de Soule,
noblesse de robe, por tanto, está leyendo
las Tragiques de Agrippa d'Aubigné.

Cierra de pronto el libro y inclinándose
sobre el pupitre, empuña decidido
el cálamo y emprende la defensa

de nuestra dulce lingua nauarrorum
contra estragos de curas y copleros
que a qualquier cosa llaman poesía.


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  L'ART POÉTIQUE BASQUE

Cruzam o céu de Aquitânia tristes
tarambolas outonais. Vento frio
bate no vitral e o sino anuncia
a oração da tarde. O cavaleiro

Arnaldo de Oyenarte, funcionário
da Coroa e Síndico de Soule,
noblesse de robe, portanto, está lendo
as Tragiques de Agrippa d'Aubigné.

Fecha de imediato o livro e inclinando-se
sobre o púlpito, empunha decidido
o cálamo e empreende a defesa

da nossa lingua nauarrorum
contra estragos de curas e letristas
que a qualquer coisa chamam poesia.

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