SZILÁRD BORBÉLY
AETERNITAS (3)
O Eterno
é como o machado
com que o assassino acerta
na cabeça de alguém.
O Eterno é o acto
de pilhagem pelo qual
em pânico o sótão
está agora vazio.
O Eterno é escarlate
como sangue vivo. Acima dele
ergue-se um vapor.
Depois também desaparece.
O Eterno é como
o coração daquele
que os ladrões assassinaram
sem hesitação.
O Eterno
é como assassinío,
destrói a Esfinge,
a face dos Mortos.
O Eterno não tem falhas,
como o segredo
indecifrável
do Crime Perfeito.
O Eterno é como
o olho
daquele que mataram:
pavor no seu olhar.
O Eterno chora
como os muitos Arcanjos
que serviram Jesus
na sua Multitude.
O Eterno é como
a Madrugada para a qual
o Anjo da Guarda
já não irá acordar.
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