LI SHANG-YIN
PRIMEIRO MÊS: EM CASA DE CH'UNG-JAN
Escondido atrás de ferrolhos e barras duplas, cobertas de musgo,
No fundo dos corredores, nos quartos mais recônditos, deambulo.
Um presságio de que irá levantar-se vento: a auréola à volta da lua.
Ainda a estação das geadas, os botões por desabrochar.
Um morcego atravessa a persiana. Inquietação sem fim.
Um rato perturba a teia de aranha na janela, alarmado por suspeitas breves.
Á luz da lâmpada, falo a uma fragrância que persiste no ar
E, como antes, desprevenido, canto "Levanta-te Na Noite E Vem".
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