quarta-feira, 16 de março de 2022

 W. H. AUDEN

ADVENT

V

CHORUS

O where is that immortal and nameless Centre from which points of
      Definition and death are all equi-distant? Where
The well of our wish to wander, the everlasting fountain
      Of the waters of joy that our sorrow uses for tears?
O where is the garden of Being that is only known in Existence
      At the command to be never there, the sentence by which
Alephs of throbbing fact have been banished into position,
      The clock that dismisses the moment into the turbine of time?

O would I could mourn over Fate like the others, the resolute   [creatures,
      By seizing my chance to regret. The stone is content
With a formal anger and falls and falls; the plants are indignant
      With one dimension only  and can only doubt
Whether light or darkness lies in the worst direction; and the subtler
      Exiles who try every path are satisfied
With proving that none have a goal: why must Man also   [acknowledge 
      It is not enough to bear witness, for even protest is wrong?

Earth is cooled and fire is quenched by his unique excitement,
      All answers expire in the clench of his questioning hand,
His singular emphasis frustrates all possible order:
      Alas, his genius is wholly for envy; alas,
The vegetative sadness of lakes, the locomotive beauty
      Of choleric beasts of prey, are nearer than he
To the dreams that deprive him of sleep, the powers that compel him   [to idle,
      To his amorous nymphs and his sanguine athletic gods. 

How can his knowledge protect his desire for truth from illusion?
      How can he wait without idols to worship, without
Their overwhelming persuasion that somewhere, over the high hill,
      Under the roots of the oak, in the depths of the sea,
Is a womb or a tomb wherein he may halt to express some   [attainment?
      How can he hope and not dream that his solitude
Shall disclose a vibration flame at last and entrust him forever
      With its magic secret of how to extemporize life?


                 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

ADVENTO

V

CORO

Ó onde está esse Centro inominado e imortal de que os nossos   [pontos de
      Definição e morte estão equidistantes? Onde
O poço do nosso desejo de errância, a fonte perene
      Das águas da alegria que a nossa mágoa usa como lágrimas?
Ó onde está o jardim do ser que na Existência só é conhecido
      Como a ordem de nuca lá estar, a frase pela qual
Alfas de ocorrência palpitante foram encaixados no seu lugar,
      O relógio que dissolve o momento na turbina do tempo?

Ó pudesse como os outros, criatura destemida, carpir o meu Destino,
      Aproveitando a minha ocasião de lamentar. A pedra fica contente
Com um ódio formal e cai e cai; as plantas indignam-se
      Com a sua dimensão úniva e indignam-se apenas
Se a luz ou a escuridão declinam no pior sentido, e os exilados
      Mais subtis que tentam todos os caminhos satisfazem-se
Em provar que nenhum conduz a um objectivo: porque deve o   [Homem aprender também
      Que não basta dar testemunho, porque até protestar é errado?

A sua excitação singular esfria a terra e apaga o fogo,
      Todas as respostas expiram no aperto da sua mão que questiona,
A sua ênfase peculiar frustra toda a ordem possível,
      Ai, o seu génio está reservado para a inveja; ai,
A tristeza vegetativa dos lagos, a beleza locomotiva
      Dos coléricos animais predadores estão mais perto que ele
Dos sonhos que o privam do sono, dos poderes que lhe impõem o   [devaneio,
      Das suas ninfas amorosas e dos seus deuses sanguíneos e   [atléticos.

Como pode a sua ciência proteger da ilusão o se desjo de verdade?
      Como pode aguardar, sem ídolos para adorar, que
Generosamente o convençam que algures, na montanha,
      Sob as raízes do carvalho, nas profundezas do mar,
Há um útero ou um túmulo onde deter-se para apregoar uma proeza?
      Como pode ter esperança e não sonhar que a sua solidão
Libertará, por fim, uma chama vibrante e lhe confiará para sempre
      O seu segredo mágico de como exteriorizar a vida?

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