quinta-feira, 10 de março de 2022

 LI SHANG-YIN

Recusa a paixão. A Primavera instala-se.
A noite, repara, como passa lentamente.
A casa ressoa; quer levantar-se, não ousa.
Um brilho atrás da cortina; passá-la, não pode.
Seria demasiado doloroso, a andorinha no gancho do cabelo.
Envergonha-me: a fénix no espelho.
No caminho de regresso, alvorada sobre Heng-T'ang.
A estrela da manhã desponta, despede-se das jóias da sela.

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