sexta-feira, 4 de março de 2022

 D. J. ENRIGHT


BOARD OF SELECTION


No, it is not easy to effect an
Appointment in English literature.
The chairman of the board is worrying over
Last year's riots (the bodies were traced
By the smell...) and next year's budget
(The British are pulling out... but leaving
Their literature behind them).

The dean of the faculty is an
Economist of repute and utility.
But what is the difference, he asks,
Between prose and poetry?
The candidate proposes adroitly that
Poetry is more economical than prose,
Viz., it says as much in half the space.

The economist is not satisfied.
In half the space, he muses... but
It takes him four times as long to understand
A piece of poetry as a piece of prose -
Which means...

The board makes hasty calculations...
Which means that poetry is a false economy,
More haste, less speed...
The chairman remembers he has to build a nation
By the end of the month.

Neither I nor the candidate dare ask the
Esteemed economist which particular piece of
Poetry has so discomfited him.
It would probably have to do with daffodils
And this is an orchid-exporting country.
We submit that quite a lot of literature is
Prose and prose is pertinent to the economy.

A business man wants to know when the
Middle Ages stopped and the Renaissance started.
No one is sure. The director of education
Asks why there is so much sex in modern literature.
Because, the candidate ventures, there is so much 
In modern life (excluding the English Department).
The chairman is brooding over the birth-rate.

Finally, after a disgruntled pilgrimage to
Canterbury and a brief stopover in 1984,
It is recommended that the candidate be offered
A temporary assistant lectureship at the bottom
Of the scale, subject to the survival of the
Economy, the nation, the university, the department,
And her hopes of completing her master's degree.


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COMISSÃO DE SELECÇÃO

Não, não é fácil efectuar uma 
Nomeação em Literatura Inglesa.
O presidente da comissão está preocupado
Com os tumultos do ano passado (os corpos foram detectados
Pelo cheiro...) e o orçamento do próximo ano
(Os britânicos estão a partir... mas deixando
A sua literatura permanecer).

O reitor da faculdade é um 
Economista de renome e utilidade.
Mas qual é a diferença, pergunta,
Entre prosa e poesia?
O candidato propõe habilmente que
A poesia é mais económica que a prosa,
Vd, diz o mesmo em metade do espaço.

O economista não fica satisfeito.
Em metade do espaço, reflecte... mas
Leva-lhe quatro vezes tanto tempo a perceber
Um trecho de poesia que um trecho de prosa -
O que quer dizer...

A comissão faz cálculos apressados...
Quer dizer que a poesia é uma falsa economia,
Mais pressa, menos velocidade.
O presidente recorda que tem de construir uma nação
Até ao fim do mês.

Nem eu, nem o candidato, ousamos questionar o
Estimado economista que trecho específico
De poesia o desconcertou tanto.
Provavelmente teria a ver com narcisos
E este é um país exportador de orquídeas.
Sugerimos que boa parte da literatura é
Prosa e a prosa é pertinente para a economia.

Um homem de negócios quer saber quando a
Idade Média acabou e começou a Renascença.
Ninguém tem a certeza. O director da educação
Pergunta porque há tanto sexo na literatura moderna.
Porque, o candidato aventura, há tanto
Na vida modena (excluindo o Deparatmento de Inglês).
O presidente pondera a taxa de natalidade.

Finalmente, após uma peregrinação ressentida a
Canterbury e uma breve paragem em 1984,
É recomendado que seja oferecido ao candidato
Um lugar temporário de assistente no sopé
Da escala, sujeito à sobrevivência da
Economia, da nação, da universidade, do departamento,
E das esperanças de ela completar o mestrado.

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