AUGUST KLEINZAHLER
SUNSET IN CHINATOWN
The massive cable turns on its spool, pulling
carloads of tourists to the city's crest
as the sun sits low
in the hills above Chinatown, exploding
suddenly in the window of Goey Loy Meats, high
along the top of the glass,
showering light over barbecued ducks -
a somehow elegiac splash
that evening, the last week before Labor Day
as if summer, in tandem with the sun,
were being pulled down
and away from us by the great spool's turning.
Thus, the sullen old man in his Mao cap
plucks the zither for change
on a crate outside the geegaw shop:
first, the ancient "Song of Cascading Water",
followed by the plaintive
"Lament of the Empress Ch'ou"
and even the bad little boy from Wichita Falls
trailing behind his parents in a sulk
registers that twinge
birds in the sky, insects and beasts no less
than the immortals
feel
when the plangent notes take shape in the air,
aligning their souls with Heaven and Earth.
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PÔR DO SOL EM CHINATOWN
O cabo maciço roda no carreto, puxando
cabinas cheios de turistas para o cume da cidade
quando o sol já se põe
nas colinas sobre Chinatown, explodindo
subitamente na janela de Goey Loy Meats,
ao longo do topo do vidro,
banhando de luz patos grelhados -
um borrifo algo elegíaco
neste fim de tarde, a última semana antes do Dia do Trabalhador
como se o verão, em conjunto com o sol,
estivessem a ser arrastados para baixo
e para longe de nós pela rotação do grande carreto.
Assim, o velho taciturno com a sua boina de Mao
dedilha a cítara por trocos
numa cesta à porta de uma loja de ninharias:
primeiro a antiga "Canção da Cascata",
seguida pela dorida
"Lamento da Imperatriz Ch'ou"
e mesmo o miúdo malcriado de Wichita Falls
arrastando-se amuado atrás dos pais
regista esse remorso
pássaros no céu, insectos e bestas tal
como os imortais
sentem
quando as notas plangentes se formam no ar,
as suas almas alinhando-se com o Céu e a Terra.
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