W. H. AUDEN
IN DUE SEASON
Spring-time, Summer and Fall: days to behold a world
Antecedent to our knowing, where flowers think
Theirs concretely in scent-colours and beasts, the same
Age all over, pursue dumb horizontal lives
On one level of conduct and so cannot be
Secretary to man's plot to become divine.
Lodged in all is a set metronome: thus, in May
Bird-babes still in the egg click to each other Hatch!;
June-struck cuckoos go off-pitch; when obese July
Turns earth's heating up, unknotting their poisoned ropes,
Vipers move into play; waned by October's nip
Younger leaves to the old give the releasing draught.
Winter, though, has the right sense for a look indoors
At ourselves, and with First Names to sit face-to-face,
Time for reading of thoughts, time for the trying-out
Of new metres and new recipes, proper time
To reflect on events noted in warmer months
Till, transmuted they take part in a human tale.
There, responding to our cry for intelligence,
Nature's mask is relaxed into a mobile grin,
Stones, old shoes, come alive, born sacramental signs,
Nod to us in the First Person of mysteries
Thwy know nothing about, bearing a message from
The invisible sole Source of specific things.
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NA ESTAÇÃO PRÓPRIA
Primavera, Verão, Outono: dias em que se adivinha um mundo
Prévio aos nossos conhecimentos, em que flores pensam
Na concretude do cheiro das cores e animais de idade
Indefinida perseguem vidas irrisórias, horizontais,
Evitando serem com esse nível de conduta,
Assessores da intriga do homem para se tornar divino.
Um metrónomo infalível instala-se em tudo: assim, em Maio,
Crias de pássaros nos ovos gritam às outras: Nasçam!,
Os cucos surpreendidos por Junho desafinam; quando Julho obeso
Liga o calor da terra, desembaraçando amarras venenosas,
As víboras entram na festa; avisadas pelo beliscão de Outubro,
As folhas novas dão às velhas o puxão libertador.
Todavia, o Inverno tem o verbo certo de um olhar caseiro
Para nós mesmos, sentados cara a cara com os Nomes Próprios.,
Tempo para ler os pensamentos, tempo para experimentar
Novos metros e novas receitas, tempo propício
Para reflectir nos factos que que meses mais quentes trouxeram
Até que, transmudados, façam parte de uma história humana.
Aí, respondendo à nossa exigência de compreensão,
A Natureza afrouxa o esgar até um arreganho mutável,
Pedras, sapatos velhos, renascem como signos sacrificiais,
Acenam-nos na Primeira Pessoa dos mistérios
Que desconhecem, acartando uma mensagem
Da única Fonte invisível do singular das coisas.
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