DURS GRÜNBEIN
POEMA MONOLÓGICO #2
De tempos em tempos
tenho estes dias quando
me apetece de novo
embarcar num poema
de um tipo que ainda não é
de todo popular. Quero dizer
um sem quaisquer refi-
namentos metafísicos ou
o tipo de coisa que recentemente passa
por isso... esse género de
genuflexão cínica
perante o pomposo progresso da história
ou de pé, de mãos na cintura, ofegante
na dura maratona Este-Oeste
como se fosse um dos
danados de Alighieri
com uma sutura. Poemas
alguém me disse há dias
que apenas o interessavam se
estivessem cheios de surpresas
escritas nessas
alturas ínvias quando
algo ainda informe
um devaneio uma única
linha começa algures e
te desfaz.
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