quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

 WELDON KEES


THE CONTOURS OF FIXATION

The stoned dogs crawl back through the blood,
Through the conquered weather, through the wet sik light,
To disenchanted masters who are not quite dead.

Like severed heads of a dead age
They gasp in the square, in the alleys of dusk.
Explanations are posted on the shattered walls.

The moon illuminates a cenotaph.
"All is insanity," the dogs conclude.
Yet the odor of blood has a certain appeal.

Their pain soaks eyes on every balcony.
"Forbear, refrain, be scrupulous" - dog's admonitions,
Sad and redudant, paraphrenalia of goodbye,

Hang in the sulphured air like promises of girls.
Then silence. Down the street the lights go dead.
One waits, one waits. And then the guns sound on another hill.


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OS CONTORNOS DA FIXAÇÃO

Os cães apedrejados arrastam-se de regresso através do sangue,
Através do tempo conquistado, através da húmida luz da seda,
Para os donos desencantados que ainda não estão bem mortos.

Como cabeças cortadas de uma idade morta
Eles arfam na praça, nas vielas do crepúsculo.
Explicações afixadas nas paredes destruídas.

A lua ilumina um cenotáfio.
"Tudo é loucura," concluem os cães,
Embora o odor do sangue tenha uma certa atracção.

A sua dor encharca olhos em todas as varandas.
"Abstém-te, refreia, sê escrupuloso" - aviso de cães,
Tristes e redundantes, parafernália de adeus,

Pendurados no ar sulfúreo como promessas de raparigas.
A seguir, silêncio. Rua fora as luzes apagam-se.
Espera-se, espera-se. E então as armas soam noutra colina.


  

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