D. J. ENRIGHT
TEA CEREMONY
The garden is not a garden, it is an
expression of Zen;
The trees are not rooted in earth, then;
they are rooted in Zen.
And this Tea has nothing to do with thirst:
It says the unsayable. And this bowl
is no vessel: it is the First
And the Last, it is the Whole.
Beyond the bamboo fence are life.size people,
Rooted in precious little, without benefit of philosophy,
Who grow the rice, who deliver the goods, who
Sometimes bear the unbearable. They too
drink tea, without much ceremony.
So pour the small beer, Samichan. And girls
permit yourselves a hiccup, the thunder
Of humanity. The helpless alley is held by
sleeping beggars under
Their stirring beards, and the raw fish curls
At the end of the day, and the hot streets cry
for the carelees scavengers.
We too have our precedents. Like those who
invented this ceremony.
We drink to keep awake. What matter
If we find ourselves beyond the pale,
the pale bamboo?
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CERIMÓNIA DO CHÁ
O jardim não é um jardim, é uma
expressão de Zen.
As árvores não têm raízes na terra, logo
têm raízes no Zen.
E este Chá nada tem a ver com sede:
Diz o indizível. E esta malga
não é um vaso; é o Primeiro
E o Último, é o Todo.
Para lá da sebe de bambu há gente do tamanho da vida,
Com raízes em escassez preciosa, sem benefício de filosofia,
Que cultiva o arroz, que entrega a mercadoria, que
Por vezes suportam o insuportável. Também
bebem chá, sem muita cerimónia.
Portanto, verte a cerveja leve, Sumichan. E raparigas,
autorizem-se um soluço, o trovão
Da humanidade. O beco desesperado é mantido por
mendigos adormecidos debaixo
Das suas barbas emaranhadas, e as roscas de peixe cru
Ao fim do dia, e as ruas quentes reclamam
por necrófagos descuidados.
Também temos os nossos antecedentes. Como os que
inventaram esta cerimónia.
Bebemos para ficar acordados. Que importa
se nos encontramos além da paliçada,
o pálido bambu?
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