domingo, 24 de maio de 2020

J V CUNNINGHAM




   OBSEQUIES FOR A POETESS


The candles gutter in her quiet room,
And retrospect, returning through the sad
Degrees of dusk that had o'ershadowed pain,
Finds her Lethean source, the unmemoried steam
Of cold sensation. There, vain Sybills clothed
In solemn ash, their hair dishevelled, weep
The close of centuries where time like stanzas
Stands in division, disposed, and none
Dare chant antiphonal to that strain. Pale Aubrey
Finds there his faint and final rest; there Dowson
Pillows his fond head on each breast. For them
And their compères, our blind and exiled ghosts
Wich nightly gull us with oblivion,
Weave we this garland of deciduous bloom
With subtle thorn. Their verse, sepulchral, breathes    
A careless scent of flowers in late July,
Too brief for pleasure, though its pleasure lie
In skilled inconscience of its brevity.





   EXÉQUIAS PARA UMA POETISA
   

As velas pingam no seu quarto plácido,
A lembrança regressando pelos degraus
Tristes da penumbra, que ofuscara a dor,
Encontra a fonte do Letes, o rio desmemorado
Da fria sensação. Aí fúteis Sibilas vestidas
De cinza solene, de cabelo desgrenhado, choram
O final de séculos, onde o tempo, como estrofes,
Permanece dividido, liquidado, e ninguém
Ouse um canto antifonal para tal esforço. Pálido Aubrey
Encontra aqui o seu repouso líquido e final; aqui Dowson
Descansa a cabeça em cada seio. Para eles
E os seus comparsas os nossos fantasmas cegos, exilados,
Que todas as noites nos burlam com esquecimento,
Tecemos esta grinalda de floração decídua
Com espinhos subtis. Os seus versos, sepulcrais, exalam
Um perfume descuidado de flores do fim de Julho.
Demasiado breves para dar prazer, embora o seu prazer resida
Na hábil inconsciência da sua brevidade.

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