sábado, 26 de março de 2022

 WELDON KEES


THE COMING OF THE PLAGUE

September was when it began.
Locusts dying in the fields; our dogs
Silent, moving like shadows on a wall;
And strange worms crawling; flies of a kind
We had never seen before; huge vineyard moths;
Badgers and snakes, abandoning
Their holes in the field; the fruit gone rotten;
Queer fungi sprouting; the fields and woods
Covered with spiderwebs; black vapors
Rising from the earth - all these,
And more, began that fall. Ravens flew round
The hospital in pairs. Where there was water,
We could hear the sound of beating clothes
All through the night. We could not count
All the miscarriages, the quarrels, the jealousies.
And one day in a field I saw
A swarm of frogs, swollen and hideous,
Hundreds upon hundreds, sitting on each other,
Huddled together, silent, ominous,
And heard the sound of rushing wind.


                 xxxxxxxxxxxx


A CHEGADA DA PRAGA

Era Setembro quando começou.
Gafanhotos a morrer nos campos; os nossos cães
Calados, movendo-se como sombras numa parede;
E vermes estranhos rastejendo, moscas de um tipo
Que nunca tinhamos visto; enormes mariposas das vinhas;
Texugos e cobras, abandonando 
Os seus buracos na terra; frutos a apodrecer;
Estranhos fungos despontando; os campos e bosques
Cobertos por teias de aranha; vapores negros
Erguendo-se da terra - tudo isto,
E mais, começou nesse outono. Corvos voaram à volta
Do hospital aos pares. Onde havia água
Podia ouvir-se o som de roupas a serem batidas
Durante toda a noite. Não seria possível contar
Todos os abortos, discussões, invejas.
E um dia num campo vi
Um enxame de rãs, inchadas e horrendas,
Centenas e centenas, sentadas umas nas outras,
amontoadas, silenciosas, ominosas,
E ouvi o som do vento impetuoso.   

Sem comentários:

Enviar um comentário

  FRANK O'HARA PISTACHIO TREE AT CHATEAU NOIR Beaucoup de musique classique et moderne Guillaume and not as one may imagine it sounds no...