D. J. ENRIGHT
THE QUAGGA
By mid-century there were two quaggas left,
And one of the two was male.
The cares of office weighed heavily on him.
When you are the only male of a species,
It is not easy to lead a normal sort of life.
Thr goats nibbled and belched in casual content;
They charged and skidded up and down their concrete mountain.
One might cut his throat on broken glass,
Another stray too near the tiggers.
But they were zealous husbands, and the enclosure was always full.
Its rank air throbbing with ingenious voices.
The quagga, however, was a man of destiny.
His wife, whom he had met rather late in her life,
Preferred to sleep, or complain of the food and the weather.
For their little garden was less than paradisiac,
With its artificial sun that either scorched or left you cold,
And savants with cameras eternally hanging around,
To perpetuate the only male quagga in the world.
Perhaps that was why he failed to do it himself.
It is all very well for goats and monkeys -
But the last male of a species is subject to peculiar pressures.
If ancient Satan had come slithering in, perhaps...
But instead the savants, with cameras and notebooks,
Writing sad stories of the decadence of quaggas.
And then one sultry afternoon he started raising Cain.
This angry quagga kicked the bars and broke a camera.
He even tried to bite his astonished keeper.
He protested loud and clear against this and that,
Till the other animals became quite embarassed
For he seemed to be calling them names.
Then he noticed his wife, awake with the noise,
And a curious feeling quivered round his belly.
He was Adam: there was Eve.
Galloping over to her, his head flung back,
He stumbled, and broke a leg, and had to be shot.
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O QUAGA
Pelo meio do século restavam apenas dois quagas
E um deles era macho.
As preocupações do cargo pesavam-lhe muito.
Quando se é o único macho de uma espécie
Não é fácil levar um curso de vida normal.
As cabras tasquinhavam e arrotavam com contentamento fortuito;
Trepavam e resvalavam para cima e para baixo numa montanha de cimento.
Alguma podia cortar a garganta num vidro quebrado,
Outra chegar demasiadamente perto dos tigres.
Mas tinham maridos zelosos; e a cerca estava sempre repleta,
O seu ar rançoso vibrando com vozes ingénuas.
O quaga, todavia, era um homem de destino.
A mulher, que tinha conhecido já tarde na vida dela,
Preferia dormir ou queixar-se da comida e do tempo,
Pois o pequeno jardim deles era tudo menos paradisíaco,
Com o seu sol artificial, que queimava ou era frio,
E sábios com câmaras em redor, constantemente,
Para perpetuar o único quaga macho do mundo.
Talvez fosse por isso que falhava em fazê-lo.
Está tudo muito bem para cabras e macacos -
Mas o último macho da espécie está sujeito a pressões peculiares.
Se o velho Satã tivesse por ali deslizado, talvez...
Mas, na vez dele, os sábios, com câmaras e cadernos,
Escrevendo tristes histórias sobre a decadência dos quagas.
E então numa tarde abafada desatou a provocar desordem.
Este jovem quaga irado escouceou as grades e partiu uma câmara;
Tentou mesmo morder o seu atónito cuidador.
Protestou alto e bom som contra isto e aquilo,
Até os outros animais ficarem bastante incomodados,
Pois parecia que estava a chamar-lhes nomes.
Então reparou na sua mulher, que acordara com o barulho,
E uma estranha emoção palpitou ao redor da sua barriga.
Ele era Adão; aí estava Eva.
Galopando em direcção a ela, a cabeça atirada para trás,
Tropeçou e partiu uma perna e teve de ser abatido.
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