AURORA LUQUE
EPITAFIO
Si de algún modo muero,
en las crudas heladas del olvidoo de muerte oficial,
reléeme esta nota, por favor,
y qu´mala conmigo.
La vida no iba en serio ni siquiera más tarde.
Y no se tarda mucho en comprender
que se trataba solo de unos juegos
para aparcar la muerte.
Ni siquiera fue un río
pues me tocaron tiempos muy duros de sequía
aunque el mar esperaba, siempre radiante, al fondo.
He creído en losmitos y he ceído en el mar.
Me gustaran la Garbo y los rosales de Pestum,
amé a Gregory Peck todo un verano
y preferí Estrbón a Marco Aurelio.
xxxxxxxxxxxxxxx
EPITÁFIO
Se de algum modo morro
nas cruas geadas do esquecimento
ou da morte oficial,
relê esta nota, por favor,
e queima-a comigo.
A vida não ia a sério, nem mesmo mais tarde.
E não se tarda muito a compreender
que se tratava apenas de uns jogos
para aparcar a morte.
Nem sequer foi um rio
pois calharam-me tempos muito duros de seca
ainda que o mar esperasse, sempre radiante, ao fundo.
Acreditei nos mitos e acreditei no mar.
Gostei da Garbo e dos rosais de Pestum,
amei Gregory Peck durante um verão inteiro
e preferi Estrabão a Marco Aurélio.
Gosto da poesia desta senhora. Este último recordou-me Biedma e a vida que vai em sério
ResponderEliminarSó agora vi o teu comentário. Como se trata da única mulher até agora seleecionada, ainda bem que gostas, para eu parecer menos misógino. Já agora há outro poeta no feminino, também espanhola, Amalia Bautista, de que eu gosto, mas a Inês Dias já fez o favor de traduzir e publicar uma antologia (penso que na Averno)
Eliminar