D. J. ENRIGHT
THE LAUGHING HYENA, after HOKUSAI
For him, it seems, everything was molten- Court.ladies flow
in gentle streams,
Or, gathering lotus, strain sideways from their curving boat,
A donkey prances, or a kite dances in the sky, or soars like
sacrificial smoke,
All is flux: waters fall and leap, and bridges leap and fall.
Even his Tortoise undulates, and his Spring Hat is lively as a
pool of fish.
All he ever saw was sea: a sea of marble splinters -
Long bright fingers claw across his pages, fjords and islands
and shattered trees -
And the Laughing Hyena, cavalier of evil, as volcanic as
the rest:
Elegant in a flowered gown, a face like a bomb-burst,
Featured with fangs, and built about a rigid laugh,
Ever moving, like a pond's surface where a corpse has sunk.
Between the raised talons of the right hand rests an object -
At rest, like a pale island in a savage sea -
a child's head,
Immobile, authentic, torn and bloody -
The point of repose in the picture, the point of movement
in us.
Terrible enough, this demon. Yet it is present and perfect.
Firm as its horns, curling among its thick and hansome hair.
I find it is an honest visitant, even consoling, after all
Those sententious phantoms, choked with rage and
uncertainty,
Who grimace from contemporary pages. It, at least,
Knows exactly why it laughs.
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A HIENA QUE RI, por HOKUSAI
Para ela, parece, tudo era fluido. Cortesãs navegam
em arroios suaves,
Ou, apanhando lótus, debruçam-se no barco que curva.
Um burro trota, ou um papagaio dança no céu, ou sobe
como fumo sacrificial.
Tudo é fluxo, águas caem e saltam, pontes saltam e caem.
Até a sua Tartaruga ondula, o se Chapéu de Primavera, vívido como
tanque de peixes...
Nunca viu mais que o mar: um mar de estilhaços de mármore -
Dedos longos, luzídios, agarram as sua páginas, fjordes e ilhas
e árvores trucidadas -
E a Hiena Que Ri, paladino do mal, tão vulcânica quanto
o resto:
Elegante no seu manto florido, a cara como uma explosão,
Exibindo presas e erguida sobre um riso rígido,
Sempre mutável, como a superfície de um lago, onde um cadáver se afundou.
Entre as garras erguidas da mão direita repousa um objecto -
Em repouso, como ilha límpida em mar selvagem -
uma cabeça de criança.
Imóvel, autêntica, destroçada e sangrenta -
O ponto de repouso na pintura, o ponto de movimento em nós.
Algo terrível, este demónio. Contudo, presente e perfeito.
Firme como os seus cornos, curvos entre cabelo espesso e esbelto.
Acho-a uma visitante honesta, mesmo consoladora, após todos
Esses fantasmas sentenciosos, sufocados por raiva
e incerteza,
Que fazem esgares em páginas contemporâneas. Ela, pelo menos,
Sabe exactamente por que ri.
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