domingo, 20 de setembro de 2020

 W. H. AUDEN


    MUNDUS ET INFANS

                            (For Albert and Angelyn Stevens)

 Kicking his mother until she let go of his soul
Has given hiam a healthy appetite: clearly, her rôle
             In the New Order must be
To supply and deliver his raw materials free;
             Should there be any shortage,
She will be held responsible; she also promises
To show him all such atentions as befit his age.
             Having dictated peace,

Wjth one fist clenched behind his head, heel drawn up to thigh
The cocky little ogre dozes off, ready,
            Though, to take on the rest
Of the world at the drop of a hat os the mildest
            Nudge of the impossible.
Resolved, cost what it may, to sieze supreme power and
Sworn to resist tirany to the death with all
             Forces at his command.

A pantheist not a solipsist, he co-operates
With a universe of large and noisy feeling-states
            Without troubling to place
Them anywhere special for, to his eyes, Funnyface
             Or Elephant as yet
Mean nothing. His distinction between Me and Us
Is a matter of taste; his seasons are Dry and Wet,
             He thinks as his mouth does.

Sity is still what onjy the
Greatest of saints become - someone who does not lie:
            He because he cannot
Stop fhe vivid present to think, they by having got
            Past reflection into
A passionate obedience in time. We have our Boy-
Meets-Girl era of mirrors and muddle to work through,
            Without rest, without joy.

Therefore we love him because his judgements are so
Frankly subjective tahat his abuse carries no
            Personal sting. We should
Never dare offer our helplessness as a good
            Bargain, without at least
Promising to overcome a misfortune we blame
History or Banks or Weather for: but this beast
            Dares to exist without shame.

Let him praise our Creator with the top of his voice,
Then, and the motons of his bowels; let us rejoice
            That he lets us hope, for
He may never become a fashionable or
            Important personage:
However bad he may be, he has not yet gone mad;
Whoever we are now, we were no worse at his age,
           So of course we ought to be glad

When he bawls the house down. Has he not a perfect right
To remind us at every moment how we quite
           Rightly expect each other
To go upstairs or for a-walk, is we must cry ovrt
           Spilt milk, such as our wish
That, since apparently we shall never be above
Either or both,we had never learned to distiguish
           Between hunger or love? 


            xxxxxxxxxxxxxxxxxxx


    MUNDUS ET INFANS

                             (Para Albert e Angelyn Stevens)

Pontapear a mãe até que ela lhe liberte a alma
Deu-lhe um apetite saudável: definitivamente
             O lugar dela na Nova Ordem
É encontrar e fornecer os materiais de que ele precisa;
             Se houver penúria
A culpa é dela; deve, além do mais,
Consagrar-lhe toda a atenção que lhe é devida.
             Tendo proclamado a paz,

Com o punho fechado por trás da cabeça e o calcanhar
Coçando a coxa, o ogrezinho arrogante dormita,
             Pronto, todavia, a arrasar
O resto do mundo se uma folha bulir ou o impossível
             O acotovelar minimamente,
Determinado, a todo o custo, a conquistar o poder supremo
E jurando resistir à tirania até à morte, com todas
             As forças que comanda.

Despreza o solipsismo, panteísta coopera
Com um Universo de sensações grandes e barulhentas,
            Sem preocupação em ordená-las,
Pois aos seus olhos o Palhaço ou o Elefante
            Nada significam ainda.
É questão de gosto a sua destrinça entre Eu e Nós;
As suas estações são seco e molhado;
            Ele pensa com a sua boca.

Só os maiores santos alcançam
A sua iniquidade ruidosa - alguém que não mente;
           Ele, porque não pode 
Parar o vívido presente para pensar, eles porque
           Pela meditação atingiram
Uma obediência apaixonada, a tempo. Nós temos a nossa
Era leviana de espelhos e perturbações para cuidar
           Sem repouso, sem alegria.

Amamo-lo, porque os seus juízos são tão ingenuamente
Subjectivos, que a sua prepotência não supõe
          Malícia. Nunca deveríamos
Arriscar-nos a oferecer o nosso desamparo
           Como bom negócio, sem
Pelo menos prometer suplantar um infortúnio
De que acusamos a História, os Bancos, ou o Tempo: esta 
           Besta, porém, ousa existir sem culpa.

Deixem-no louvar o Criador em voz alta
E também o rumor dos seus intestinos; regozijêmo-nos
           Por ele nos permitir esperanças,
Porque pode nunca vir a ser alguém
           Popular ou importante:
Por mau que venha a ser, ainda não endoideceu;
Como quer que sejamos hoje, nessa idade não éramos piores;
           Assim deveriamos alegrar-nos

Quando o seu grito abana as paredes. Não tem o direito
De nos lembrar, a cada momento, que todos
           Esperávamos que o outro
Suba as escadas ou vá passear, se temos de
           Chorar sobre leite derramado,
Como, pois nunca estaremos acima de nenhum,
O nosso desjo de nunca aprendermos a distinguir
           Entre a fome e o amor? 
            


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